ruptura
Hérnia diafragmática As hérnias diafragmáticas são afecções que ocorrem quando há interrupção da continuidade do diafragma de maneira que os órgãos abdominais migram para a cavidade torácica (FOSSUM, 2008). As hérnias diafragmáticas podem ser de origem traumática ou congênita, sendo de origem traumática as mais comuns. Entre os eventos que levam a este trauma os acidentes automobilísticos são os mais relevantes, seguidos de quedas, chutes e brigas (LEVINE, 1987). Em um estudo, somente metade dos animais com hérnias diafragmáticas causadas por trauma apresentavam um histórico de trauma conhecido (THRALL, 2010). Hérnias traumáticas e secundárias a defeitos diafragmáticos congênitos podem ser reconhecidas radiograficamente, sendo as traumáticas classificadas em peritoniopericárdica, peritoniopleural e de hiato (THRALL, 2010). O conteúdo herniário pode variar conforme a extensão da ruptura e a atividade do animal. Estudos de achados cirúrgicos relacionaram, na seguinte ordem, o fígado, o intestino delgado, o estômago, o baço e o omento, como os órgãos que se deslocam com maior frequência para o tórax (RAISER, 1993). Os sinais clínicos podem incluir dispneia, cianose, palidez de mucosa, taquicardia, dor, vômito, regurgitação, sons cardíacos abafados e pulso femoral fraco. Algumas hérnias diafragmáticas podem não causar sinais clínicos e são detectadas de forma incidental (RAISER 1993). As radiografias desempenham um papel importante na confirmação do diagnóstico das hérnias diafragmáticas e podem fornecer informações sobre a localização, extensão, conteúdo e complicações secundárias associadas. Em alguns casos, não é possível confirmar diagnóstico através de radiografia simples. Dentre os procedimentos radiográficos adicionais podem-se citar as radiografias obtidas de projeções em estação, repetição após a