ROUBO DE CARGAS
Antonio Carlos Silva Magalhães, aluno da disciplina Violência Urbana e Saúde da FCS/UFBA
Professor Dr. Eduardo Machado Introdução
O fenômeno, roubos de cargas, no Brasil tem origem histórica. Com sua característica continental, o país foi dividido em regiões muito extensas e longínquas, e para escoamento de sua produção não há outra forma senão o uso de meios diversos de transportes. Se retornamos à historia verificamos que o transporte era feito por navios, os quais, vez ou outra, tinham suas cargas subtraídas por ações dos piratas em alto mar, bem assim era por feito por tropas de cavalarianos que, também, sofriam emboscadas às caravanas e roubo de suas cargas. A partir de 1950, apesar de estudos estratégicos demonstrarem que o transporte de cargas é mais viável economicamente quando realizado por ferrovias ou por meio de navegação, tem-se dado ênfase ao transporte por rodovias. Com a chegada da indústria automobilística na década de sessenta e com os programas de subsídios de combustíveis, a preferência pelo modo rodoviário de transporte tornou-se uma política pública defendida pelos gestores
governamentais e adotada pela iniciativa privada nacional (Magalhães1, 2006). O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito cita:
“A relevância do transporte de cargas do Brasil, um País de dimensões continentais não tem paralelo em nenhuma outra atividade econômica. Contando com um sistema de portos marítimos desestruturado, sucateamento de marinha mercante, limitado segmento de hidrovias em condições adequadas de uso, situação de crise no transporte aéreo, com apenas trinta mil quilômetros de ferrovias e com a situação calamitosa das rodovias, o País dependerá de