roteiro Dom casmurro
(Dom casmurro entra da algumas voltas no palco)
Narrador - A vida é feita de memórias, e eu bem me lembro das minhas.
Dom casmurro revira o baú e encontra uma carta. - Lembro-me bem deste chapéu estava usando-o em uma noite destas, vindo da cidade para o engenho novo, encontrei no trem da central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me sentou ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viajem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Porém como estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso
- Continue, disse eu acordando
-Já acabei, murmurou ele.
- São muito bonitos
No dia seguinte acabou acunhando-me Dom casmurro. Os vizinhos que não gostavam dos meus hábitos reclusos e calados deram curso a acunha que a final pegou. Nem por isso me zanguei contei a anedota aos amigos da cidade e eles por graça, chamam-me assim.
Não procure em dicionários. Casmurro não esta aqui no sentido que eles lhe dão,mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo.Dom veio por ironia,para atribuir me fumos de fidalgo.Tudo por estar cochilando.
Cena 2
(Na sala com sua mãe, prima Justina e José dias,
Bentinho escondido)
Narrador - A casa era da rua Mata-cavalos, mês novembro, ano é um tanto remoto, mas eu não hei de trocar as datas, o ano era de 1857.
José dias - D. Gloria a senhora persiste na idéia de colocar nosso Bentinho no seminário? (personagens congelam)
Narrador – Os projetos vinham do tempo em que nasci tendo-lhe nascido morto o primeiro filho minha mãe pegou se com Deus para que o segundo vingasse, prometendo, metê-lo na igreja
José Dias - É mais que tempo, e já agora pode haver uma dificuldade.
D. Gloria – Que dificuldade?
Narrador – Jose dias após momentos de concentração foi ver se tinha alguém no corredor; não deu por mim.
José Dias - A dificuldade esta na casa ao