Roteiro Dom Casmurro
DOM CASMURRO (velho)- Uma noite dessas encontrei no ônibus um rapaz que eu conheço de vista,ele recitou uns versos dele. Eu estava cansado,fechei os olhos umas três ou quatro vezes.Ele ficou amuado e no dia seguinte começou a chamar-me “Dom Casmurro”. Sem querer, o meu poeta do trem deu um nome para esta história que eu vou apresentar para vocês: meu nome é Bento Santiago. O amigo de Bentinho e ele estão sentados no ônibus e o moço lê os versos e Bentinho cai no sono diversas vezes.
CENA 2:
CASMURRO- Ahh os meus 15 anos, ela limitava-se a ser apenas uma amiga, um segredo e ja mexia com meu coração, Capitolina, linda e adorável, uma cabeça de vento, porém seu jeito peculiar me permitia ser mais honesto, ser eu mesmo.
CAPITU- ehauea vou indo mamãe já deve estar preparando o almoço, tchau bentinho
BENTINHO: eu também, tchau capitu
Sancha vem correndo
SANCHA: o Capitu! Me espera! Eu vou almoçar na sua casa hoje!
CASMURRO- ah, e também tinha Sancha, doce menina, melhor amiga de Capitu, pareciam até irmãs.
CENA 3:
JOSÉ DIAS: hm, então quer dizer que o senhor está de namorico com a moça dos Páduas?
BENTO: Capitu é só minha amiga (Bentinho fica tenso)
JOSÉ DIAS: Sei sei, eu não aprovo muito esta moça, nunca reparou? os olhos, olhos de cigana, oblíqua e dissimulada!!
MÃE DO BENTINHO: o almoço tá pronto!
(os dois se dirigem à cozinha sem mais nenhuma palavra)
CENA 4: A mãe de Bentinho e seu tio, José Dias, conversam na cozinha.
JOSE DIAS- Dona Glória insiste na idéia de meter nosso Bentinho no seminário? Já está passando da hora e pode haver dificuldade.
GLORIA- Que dificuldade?
JOSE DIAS- Uma grande dificuldade (levanta-se e vê se tem alguém escutando. Volta e confidencia.) Os nossos vizinhos...
GLÓRIA- Nossos vizinhos? A gente do Pádua?
JOSE DIAS- Há algum tempo eu estou para dizer isto: Bentinho anda metido nos cantos com a filha do Pádua...
GLORIA- Nunca vi os dois se escondendo para “namorar”.
JOSE DIAS- É modo de falar. Em