Romantismo no brasil
Contexto histórico - Após 1822, cresce no Brasil independente o sentimento de nacionalismo, busca-se o passado histórico, exalta-se a natureza pátria. Na realidade, características já cultivadas na Europa, e que se encaixaram perfeitamente à necessidade brasileira de ofuscar profundas crises sociais, financeiras e econômicas. De 1823 a 1831, o Brasil viveu um período conturbado, como reflexo do autoritarismo de D. Pedro I: a dissolução da Assembléia Constituinte; a Constituição outorgada. Segue-se o período regencial e a maioridade prematura de Pedro II. É neste ambiente confuso e inseguro que surge o Romantismo brasileiro, carregado de lusofobia e, principalmente, de nacionalismo.
1836 - ponto de largada - O Romantismo se inicia no Brasil em 1836, quando Gonçalves de Magalhães (Rio de Janeiro/1811, Roma/1882), publica na França a "Niterói - Revista Brasiliense", e, no mesmo ano, lança um livro de poesias românticas intitulado "Suspiros poéticos e saudades". Esse é considerado o ponto de largada deste período na literatura de nosso país.
Essa fase literária foi composta de três gerações:
1ª Geração - nacionalista ou indianista, pois os escritores desta fase valorizaram muito os temas nacionais, fatos históricos e a vida do índio, que era apresentado como " bom selvagem" e, portanto, o símbolo cultural do Brasil. Destaca-se nesta fase os seguintes escritores: Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias (Caxias/1823, Guimarães/1864), Araújo Porto Alegre (Rio Pardo/1806, Lisboa/1879) e Teixeira e Souza (1812/Cabo Frio, 1861).
Enquanto Gonçalves de Magalhães é considerado o introdutor do Romantismo brasileiro, a Gonçalves Dias atribui-se a sua consolidação. A produção literária de Gonçalves de Magalhães é considerada fraca por muitos críticos, sua importância se deve ao fato de ter sido ele o introdutor do Romantismo em terras brasileiras. É dele também o primeiro manifesto romântico sobre o Brasil, escrito na Revista Niterói.
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