Análise do canto ix de luís vaz de camões
O Renascimento é considerado o movimento artístico, literário e filosófico que vai desde os finais do séc XIV ao século XVI, tendo- se expandido da Itália para outros países da Europa.
Para os humanistas (o Homem é o centro de todas as atenções) o Renascimento representava a orgulhosa convicção de que por um conhecimento mais extenso e exato da cultura greco- romana, as letras e as artes voltariam a ter o seu antigo esplendor. Não se pode, no entanto, dizer que tenha havido uma ruptura entre a Idade Média e o Renascimento, mas sim um processo de continuidade, por um lado porque a Idade Média nunca deixou de manter contato com os autores antigos e, por outro lado, porque o Renascimento deu continuidade a certos aspectos anteriores.
Coexistiram , assim, princípios e conceitos novos e velhos, religiosos e profanos, autoritários e individualistas.
Camões Lírico
Camões é não só considerado o maior lírico português, mas também um dos maiores líricos de todos os tempos . Na sua lírica coexiste a tradição poética nacional e a novidade do estilo novo renascentista .Portanto, Camões assume a nova poética clássica com moderação sem romper com a velha tradição lírica galego- portuguesa. Na sua poesia se realizam simultaneamente, os velhos e os novos gêneros, os velhos e os novos metros, as novas e as velhas convenções literárias. Como tal, destacam- se no seu lirismo duas correntes poéticas:
A tradicional: Medida Velha, já cultivada no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (cantigas, vilancetes, esparsas e trovas ), com versos de 5 ou 7 sílabas. São normalmente poemas de circunstância, por vezes convencionais e engenhosos; e por outro lado:
A Clássica : Medida Nova , de origem italiana introduzida por Sá de