os lusiadas
A obra é composta de dez cantos, 1102 estrofes que são oitavas decassílabas, sujeitas ao esquema rítmico fixo AB AB AB CC – oitava rima camoniana. A acção central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à sua volta vão se descrevendo outros episódios da história de Portugal, glorificando o povo português.
A estrutura externa refere-se à análise formal do poema: número de estrofes, número de versos por estrofe, número de sílabas métricas, tipos de rimas, ritmo, figuras de estilo, etc. Assim:
- O Lusíadas é constituído por dez partes, liricamente chamadas de cantos;
- Cada canto possui um número variável de estrofes (em média, 110);
- As estrofes são oitavas, tendo portanto oito versos; a rima é cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos (AB AB AB CC, ver na citação ao lado);
- Cada verso é constituído por dez sílabas métricas (decassilábico), na sua maioria heróicas (acentuadas nas sextas e décimas sílabas).
A estrutura interna relaciona-se com o conteúdo do texto. Esta obra mostra ser uma epopeia clássica ao dividir-se em quatro partes:
Proposição - introdução, apresentação do assunto e dos heróis, e Camões propõem-se cantar as navegações e conquistas, no Oriente nos reinados de D. Manuel e D. João
(estrofes 1,2, 3 do Canto I);
Invocação - o poeta invoca as ninfas do Tejo e pede-lhes a inspiração para escrever
1º- Estrofes 4 e 5 do Canto I – As Tágides
2º- Estrofes 1 e 2 do Canto III – Calíope
3º- Estrofes 78, 87 do Canto VII – Ninfas do Tejo e do Mondego
4º- Estrofes 8 e 9 do Canto X – Calíope;
Dedicatória - o poeta dedica a obra ao rei D. Sebastião
(estrofes 6 a 18 do Canto I);
Narração - a narrativa da viagem, “in medias