Romantismo no brasil, prosa
A Prosa Romântica no Brasil inicia-se com A Moreninha de Joaquim Manuel de Macedo em 1844, apesar de não ter sido o primeiro em publicação, mas sim em importância. O primeiro romance brasileiro foi O Filho do Pescador de Teixeira de Sousa (1843), mas ele não possui as linhas gerais dos romances românticos.
O marco final desta época é considerado a publicação de O Mulato (Aluísio Azevedo) e de Memórias Póstumas de Brás Cubas (M. de Assis) em 1881, iniciando-se então o Realismo no Brasil.
CARACTERÍSTICAS DO ROMANCE ROMÂNTICO
a) Detalhes de costumes e de cor local, ou seja, certa fidelidade na descrição de lugares, cenas, fatos, usos e costumes da época em que a história é narrada.
b) Comunhão entre a natureza e os sentimentos das personagens.
c) Triunfo do bem sobre o mal. Nas histórias românticas, os vilões são castigados, ora com a morte, ora com a prisão, com intenção moralizante.
d) Linearidade das personagens, isto é, sem profundidade psicológica, sobressaindo-se a preocupação com os caracteres exteriores: estatura, cor dos olhos, cor dos cabelos, roupas, etc.
MODALIDADES
ROMANCE URBANO
Também chamado de citadino ou de costumes. O autor explora situações, conflitos e convenções sociais típicos da cidade. O Rio de janeiro, por ser o centro cultural do Brasil na época, é a cidade mais retratada nos romances românticos. Os três autores que merecem destaque nessa modalidade de romance são: Joaquim M. de Macedo, José de Alencar e Manuel A. de Almeida.
ROMANCE INDIANISTA
Narrativa preocupada com usos, costumes, tradições do índio brasileiro, com o intuito de transformá-lo em herói. Os romances visam à criação de heróis nacionais, míticos, lendários, tomados como símbolos de elementos formado-res da nacionalidade. Só um romancista explorou esta modalidade: José de Alencar.
ROMANCE REGIONALISTA
Também chamado de sertanejo ou rural. Começou em 1869, com o romance O Ermitão de Muquém, de Bernardo