Romantismo em portugal
O Romantismo surgiu na Europa numa época em que o ambiente era de grande rebeldia. Em Portugal, teve como marco inicial a publicação do poema "Camões", de Almeida Garrett, em 1825. Podemos fazer uma partição do Romantismo em Portugal, primeiramente, a Primeira Geração, que vai de 1825 a 1840, onde os seus principais autores são Almeida Garrett, Alexandre Herculano e António Feliciano de Castilho, de seguida, a Segunda Geração, denominada ultrarromântica, que vai de 1840 a 1860. Por último, a Terceira Geração que vai de 1860 a 1870 e tem como principais autores Júlio Dinis e João de Deus.
No Romantismo as atenções viravam-se para o indivíduo arrebatado pelo sentimento e pela paixão, consumido pela dor, pela tristeza e pela solidão. É aí que se expressa o culto do eu, na figura de um herói romântico, um ser insatisfeito, solitário, que rompe com as normas e dita as suas próprias regras. Frequentemente, o presente repugna-lhe e, por isso, o herói romântico, cuja vida é atribulada e curta, refugia-se na Natureza, cúmplice dos seus estados de alma.
Mas porque é este herói romântico tão sofrido? Porque é que a vida não lhe corre bem? Porque está a sociedade em conflito com ele?
A resposta está no que chamamos «mal do século», que se integra nas revoluções liberais. Assim podemos compreender o ambiente de permanente instabilidade em que viviam.
Para além do culto do eu, outro dos temas do Romantismo é a exaltação da liberdade que se tornou a expressão da ideologia liberal, quer fosse “liberdade de criação, a liberdade política, social ou económica ou a liberdade dos povos”
O Romantismo sustentou lutas contra a tirania absolutista, a causa do Liberalismo e combateu a favor dos povos oprimidos.
Entretanto, devido ao interesse e gosto pela Idade Média, o Romantismo vai revalorizar as raízes históricas das nações. Vem daí a paixão pelo estilo gótico na arquitetura e pelos temas e lendas medievais (Alexandre Herculano).
O Romantismo na