Roma
Como se governavam os romanos O regime republicano acabou com a realeza e instituiu, em seu lugar, magistraturas que eram cargos anuais com mais de um ocupante, para que o poder não ficasse concentrado nas mãos de uma só pessoa; os dois magistrados principais e mais poderosos eram chamados cônsules. O Senado, ou conselho de idosos, que já existia anteriormente, adquiriu maior importância com a República, pois era o Senado que escolhia os cônsules. Além dos poderosos cônsules, que detinham o poder militar e civil, havia outros magistrados como os questores (tesoureiros), os edis (encarregados de cuidar dos edifícios, esgotos, ruas, tráfego e abastecimento), os pretores (encarregados da justiça), os censores (revisores da lista de senadores e controladores de contratos) e o pontífice máximo (que era chefe dos sacerdotes). A influência do Senado na indicação desses magistrados era muito grande, mas havia a participação, também, das assembleias da plebe e dos soldados em sua escolha. Reparou que alguns desses nomes são usados até hoje? Para nós, às vezes fica difícil saber o sentido exato dessas palavras que tinham um significado bem preciso para os romanos: República – “coisa do povo”; Senado – “lugar de idosos”; pontífice – “aquele que faz uma ponte entre o céu e a terra”. Como entre os gregos, as mulheres romanas não podiam tomar parte dos cargos de governo. Os homens cidadãos da República romana se reuniam em assembleias e escolhiam os tribunos da plebe, magistrados que tinham direito a veto sobre as decisões do Senado e dos outros magistrados. Os romanos utilizavam-se da sigla SPQR (Senatus Populusque Romanus) para se referir ao seu próprio Estado: “O Senado e o povo de Roma”. Embora o poder estivesse, em termos formais, dividido entre Senado e Povo, a influência dos senadores predominava, pois as assembleias populares mais importantes eram aquelas que reuniam os homens em armas e nas quais os poderosos tinham muito mais votos do que os