rogers
Por isso, é de fundamental importância uma posição de Rogers. Ele não vê o ser humano como um ser autodestrutivo, selvagem, ou dono de pura energia sexual (libido), características que, só graças a coerções externas - da moralidade, do controle por estímulos e respostas -, poderiam ser controladas e, assim, trazer o homem à civilidade. Rogers também discorda da opinião, importada da biologia, de muitos psicólogos, que afirmam que o homem, como muitos outros seres vivos, tenderia a stasis, isto é, a um estado de equilíbrio, de satisfação de suas necessidades básicas a todo custo. Ao contrário, o que define homem, tanto em termos gerais como individualmente, é, muito mais, o enriquecimento de suas experiências, buscando cada vez mais se complexificar, de modo a satisfazer a sua necessidade fundamental de autorrealização. Essa necessidade é a sua motivação principal, e é isso que o terapeuta fará que seja revelado para o cliente.
Por meio das várias experiências, o homem vai se transformando em pessoa e adquirindo estímulos. Por isso, a cognição não é entendida atomisticamente, mas como um todo. Em outras palavras, o sujeito conhece a realidade por intermédio de seu estímulo, da sua resposta, do seu sentimento diante da coisa. Em última análise, o conhecimento em geral se articulará em torno do eu, que ganha esse caráter de totalidade uma vez que Visa a uma autorrealização. Por isso, Rogers afirma também que toda percepção é dotada de significado. Por mais que seja uma percepção singular, ela se articula na percepção total do eu que a pessoa tem de si mesma. Rogers salienta a necessidade de o professor não se colocar como um estéril