Robótica
Apesar dessas questões, Marco Antonio Meggiolaro, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), entende que o País avançou mais do que outras nações na área. "A robótica teve crescimento no mundo todo, mas aqui foi ainda mais, porque há 20 anos existiam poucas pesquisas práticas", justifica. Um dos motivos seria o crescimento das indústrias de microeletrônica no mundo, o que teria levado a um barateamento geral dos componentes, mesmo quando importados, tornando-os mais acessíveis aos pesquisadores.
Além disso, o segmento tem crescido em importância no País, tanto no meio acadêmico quanto no industrial. "Em virtude do pré-sal, por exemplo, existe demanda nos setores de robótica e automação, que têm papel importante e vão ter cada vez mais", avalia o professor Marco Henrique Terra, coordenador do Centro de Robótica da Universidade de São Paulo (USP) - o primeiro do Brasil -, em São Carlos.
Em uma nação com o tamanho do Brasil, a robótica aérea também ganha relevância, pela necessidade de monitoramento de fronteiras seca e litorânea, entre outros motivos. "O País, antes de mais nada, desponta como economia importantíssima já há alguns anos, e essa tendência é de crescimento, o que em um cenário mundial impõe que nossa segurança seja cada vez melhor", pondera Terra.
"É um mercado promissor para o Brasil, e inclusive já existe um nicho importante, que deve manter esse status", opina o professor da USP. Ele lembra que no País há empresas trabalhando nos chamados UAV, sigla em inglês para aeronaves