Rmn - introdução
Spins – O marco inicial
Estudos realizados no século passado constataram que os elétrons possuíam um momento magnético angular intrínseco – o spin. A descoberta desta propriedade contida nas partículas elementares foi um grande marco para o desenvolvimento da resonância magnética nuclear.
Experimentos realizados na década de 1920 por Otto Stern e Walther Gerlach que consistia na passagem de um átomo de prata por um imã. Tal experimento revelou que além da massa e carga as partículas também sofriam um desvio a um campo magnético, ou seja, possuía um momento angular.2
Núcleos atômicos podem apresentar valores de spins diferentes de zero, neste caso sofrerão o efeito do campo magnético, caso o número de spin total seja igual a zero estes núcleos não sofrerão o efeito, como é o caso do 12C, 16º, 32S entre outros, logo tais átomos não possuem seu sinal detectado por RMN.
O RMN
Em meadas de 1945 experimentos de absorção de ondas de rádio eram realizados pelos físicos Felix Bloch e Edward Purcell em substâncias – água e parafina. Estes experimentos trouxeram grande inovação para os estudos de RMN, pois a partir de agora era possível realizar experimentos com amostras líquidas e sólidas, e não mais apenas com partículas atômicas. Estes estudos lhes deram o Nobel de 1952.
Tal inovação expandiu o uso dos RMN para outras áreas além da física e química, como: biologia, medicina, agricultura e até na área computacional.
A diferença entre a RMN para as demais formas de espectroscopia se deve dois fatos: (i) a separação entre os níveis de energia é um resultado da interação do momento magnético de um núcleo atômico com um campo magnético aplicado; (ii) e a interação com a componente magnética da radiação eletromagnética em vez da componente elétrica.4
Os prótons de um átomo de hidrogênio ao sofrerem a ação de um campo magnético externo podem se alinhar de duas formas ao campo aplicado: