Rituais Fúnebres
Doutrina:
Na doutrina budista, crê-se que, após a morte, o espírito da pessoa reencarna. Após a morte, o espírito volta em outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres vivos, conforme a sua conduta em vida. Este processo de morte e reencarnação varia conforme o karma (acções da pessoa que estabelecem uma lei de causa-efeito) e, dependendo disto, a pessoa que morreu pode reencarnar em seis planos distintos: Reino Celestial; Reino Humano; Reino Animal; Espírito Guerreiro; Espírito Insaciável e Reino Infernal. Segundo o Livro Tibetano da Morte existem quarenta e nove etapas/dias após a morte da pessoa, em que monges oram para que a pessoa atinja a tranquilidade, paz e sabedoria iluminada, ou para que renasçam em níveis superiores. Para tal, também é necessário que as pessoas, ao longo da sua vida, pratiquem três virtudes: fé, benevolência e moral.
Ritos Fúnebres:
Na cultura budista, as pessoas são cremadas ou enterradas, sendo que certos costumes e ritos variam conforme as diferentes regiões. Os parentes da pessoa que morre ajudam-no a preparar-se para a morte, considerada um estado de repouso abençoado. Após a morte da pessoa, acendem-se velas na casa ou no local onde a pessoa morreu, o seu rosto deve ser coberto com um pano branco e devem-se acender-se incensos. Na maioria, há monges encarregues de orar pelos mortos e de praticar os ritos fúnebres. Um caso mais comum de rito fúnebre é o Powa (transferência da consciência da pessoa), quando as preces são feitas com a intenção de ajudar quem morreu são válidas e trazem benefícios. No caso da cremação, este acto é justificado com o facto de os budistas não se apegarem às coisas materiais, por isso não se preocupam muito com o cadáver. Como tal, a prática da cremação não é abolida pelos budistas. Após a cremação, as cinzas podem ser colocadas num altar doméstico, ou num templo ou então entregues à Natureza. Não há propriamente um