Rituais funebres
No funeral, o corpo fica diante de um oratório. Em uma mesa são postas velas (sabedoria), incenso (vida), um vaso (a benevolência de Buda) e um sino (para louvar Buda e alegrar o espírito). Há cerimônias no 7º e 49º dia do falecimento. Para os budistas, a vida é eterna. "O 'eu' segue um ciclo infinito de nascimento, envelhecimento e morte", explica o budista Carlos Satio Mitsugui.
Muçulmanos
A água é fundamental no ritual fúnebre dos seguidores de Maomé. O morto é banhado três vezes e recebe pó de cânfora nos sete pontos de prostração – os pontos do corpo que ficam em contato com o solo durante as rezas diárias, quando todo muçulmano ora com a face virada em direção a Meca, sua cidade sagrada. O pó serve para conservar o corpo por mais tempo.
Candomblé
Os iniciados levam ao terreiro algo que represente o morto. Seu orixá em vida é representado por potes ("assentamentos"), que o pai-de-santo quebra para despachar o espírito. As pessoas cantam e dançam, de branco. O antropólogo Vagner G. da Silva diz que, quando o iniciado morre, seu orixá (força positiva) vira egum (espírito negativo), que precisa ser neutralizado com o despacho.
Judaísmo
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O corpo é lavado e envolto em uma mortalha branca. Deve ser enterrado rapidamente, para que a alma inicie sua ascensão. "A alma irá voltar a sua origem: Deus", diz Sammi K. Goldstein, da Congregação Israelita Paulista. O caixão é lacrado, para que se fique com a imagem da pessoa em vida. Os enlutados ficam sete dias em casa, fazendo serviços religiosos e recebendo visitas.
Hinduísmo
Após a cremação, a família é considerada impura e deve tomar um longo banho ao voltar para casa. O período de reclusão dura de 7 a 40 dias. Todos ficam em casa, comem só coisas leves, livram-se dos pertences do morto e fazem orações. Durante o período, os familiares não frequentam templos nem o comércio.
Bibliografia : http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-sao-os-rituais-posmorte-das-grandes-religioes