A morte
Introdução
A morte é o génio inspirador, a musa da filosofia, sem ela provavelmente a humanidade não teria filosofado.
Desde os primórdios da civilização, a morte é considerada um aspecto que fascina e, ao mesmo tempo, aterroriza a humanidade. A morte e os supostos eventos que a sucedem são, historicamente, fonte de inspiração para doutrinas filosóficas e religiosas, bem como uma inesgotável fonte de temores, angústias e ansiedades para os seres humanos.
Falar sobre morte, provoca um certo desconforto, pois damos de caras com uma finitude, o inevitável, a certeza de que um dia a vida chega ao fim.
A Morte Nas Diferentes Sociedades
A morte não se refere apenas ao envelhecimento contínuo, às doenças constantes, á perda de forças... ela refere-se também a um outro mundo, aterrador “ aquele da confusão, do caos, onde não existe mais nada nem ninguém.”
Nas principais civilizações da antiguidade, eram muitas as diferenças que existiam sobre o significado ético – religioso da morte, mas em todas as civilizações existe uma semelhança: a morte é um lugar inacessível para os vivos.
Todos nós possuímos uma herança cultural que define a nossa visão da morte, as nossas interpretações actuais sobre a morte, constituem parte da herança que as gerações anteriores, as antigas culturas, nos deixaram.
A visão da morte ao longo do tempo, e a construção da sua própria identidade colectiva constitui um dos elementos mais relevantes para a formação de uma tradição cultural comum.
Iremos de seguida, mostrar os rituais de sepultamento dos corpos dos defuntos – inumação – praticados por sociedades antigas.
Sociedade da antiga Mesopotâmia
Os povos mesopotâmios tinham por costume enterrar os corpos dos mortos da maneira mais escrupulosa, sendo o cadáver cuidadosamente acompanhado de todas as marcas da sua identidade pessoal e familiar, como os seus pertences, objectos de uso, roupa e até mesmo as suas comidas predilectas.
Era tido muito