A Liturgia da Igreja e As Exéquias Fúnebres no Mosteiro da Batalha
CURSO DE MSTRADO EM HISTÓRIA DO IMPÉRIO PORTUGUES
UNIDADE CURRICULAR: HISTÓRIA DO PORTUGAL MODERNO
PROFESSORA: DRA. ANA PAULA AVELAR
RESENHA CRÍTICA
A Liturgia da Igreja e As Exéquias
Fúnebres no Mosteiro da Batalha
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade Nova de Lisboa
FCSH – UNL
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As Exéquias Fúnebres no Mosteiro da Batalha e a Liturgia Católica
Em 1958 Brodel escreve um artigo intitulado de “Grande Duração”1. É a perspectiva de análise de fenômenos históricos de grande proporção, bem como de grande duração, sem romper com a perspectiva de análise cultural, econômica em interlocução com os diversos tempos e espaços do globo.
Imaginar que eventos fúnebres, ocorridos representam o
resgate de realidades sócio-históricas dentro de quadros analíticos que os ultrapassam amplamente e dos quais se espera restituir a mais justa perspectiva, um diálogo entre o local e o global. Trata-se de compreender, dentro de uma perspectiva de uma micro-história elementos intrinsecamente ligados a uma macro-história, onde há a conjugação de eventos históricos que deram fundamento a um Portugal Moderno, dos séculos XV – XVIII, e seu desenvolvimento dentro do quadro mundial de impérios consolidados ou em plena expansão. Jacques Revel em artigo mostra que tornou possível uma releitura dos fenômenos maiores, muito além de um terreno de observação particular. 2
Considerando um contexto de profundas transformações, na transição dos séculos XIV ao
XV, a monarquia portuguesa via ser urgente legitimar a nova dinastia de Avis. Luiz Adão da Fonseca aponta em seu artigo intitulado Política e cultura nas relações luso-castelhanas no século XV ,que mesmo tendo obtido vitórias significativas, no campo político, militar e diplomático, tais acontecimentos não tinham conferido à família real portuguesa, ilegítima na origem, a legitimidade de que de fato, continuava a carecer. (FONSECA, 2004:54).
Diante de uma realidade