Risorgimento
Na luta sobre a futura estrutura da Itália, a monarquia constitucional, encabeçada na pessoa do rei de Piemonte-Sardenha, Vítor Emanuel II, da Casa de Saboia, apoiado pelos conservadores liberais, teve sucesso quando em 1859-1861 se formou a Nação-Estado, sobrepondo-se aos partidários da extrema-esquerda, maçons carbonários, jacobinos, republicanos e democráticos, que militavam sob Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi. A desejada unificação da Itália se deu assim sob a Casa de Saboia, com a anexação ao Reino de Sardenha, da Lombardia, do Vêneto, do Reino das Duas Sicílias, do Ducado de Módena e Reggio, do Grão-ducado da Toscana, do Ducado de Parma e dos Estados Pontifícios.
Na primeira fase do Risorgimento (1848-1849), desenvolveram-se vários movimentos revolucionários e uma guerra nacionalista contra o Império Austríaco, mas concluiu-se sem modificação do statu quo.
A segunda fase, em 1859-1860, prosseguiu no processo de unificação e concluiu com a declaração da existência de um Reino de Itália. Completou-se com a anexação de Roma, antes a capital dos Estados Pontifícios, em 20 de setembro de 1870.Antecedentes[editar | editar código-fonte]
Mapa animado ilustrando o processo de unificação da península itálica.
Napoleão Bonaparte criou diversos estados na península Itálica: Reino da Etrúria, Reino de Itália (1805-1814) e entregou o governo do Reino de Nápoles ao seu irmão José. Durante esse período, esses territórios passaram por reformas liberais e pela extinção dos privilégios feudais e eclesiásticos. Após o Congresso de Viena, com a conferência de paz que se seguiu à derrota de Napoleão, e a liquidação do sistema, a península Itálica ficou dividida e subjugada. A Áustria dominava a Lombardia, Vêneto (Venécia) e Istria; os ducados de Parma e Piacenza,