Rigoberta menchú
Ativista dos direitos humanos guatemalteca nascida em Chimel, pequeno povoado localizado ao norte da Guatemala, Prêmio Nobel da Paz (1992) que de origem de uma família de camponeses índios e pobres, mostrou ao mundo a antiga cultura Maia-Quichéo. Cresceu trabalhando na fazenda familiar, ou nos altiplanos do norte onde a família dela viveu, ou na costa de Pacífico onde adultos e crianças iam colher café nas grandes plantações. Ainda adolescente foi envolvida em atividades de reforma sociais promovidas pela Igreja católica, e destacou-se no movimento de propriedade das mulheres.
Filha de Vicente Menchú Pérez e de Juana Tum Kótoja, duas personalidades bastante respeitadas em sua comunidade natal. Seu pai foi um ativista em defesa das terras e direitos indígenas e Juana, a mãe, uma parteira indígena, saber adquirido de geração em geração.
Obras e lutas
O Nobel foi-lhe outorgado em reconhecimento aos seus trabalhos por justiça social e reconciliação étnico-cultural baseado no respeito aos direitos dos povos indígenas, coincidindo com o quinto centenário da chegada de Cristóvão Colombo à América, com a declaração de 1993 como Ano Internacional dos Povos Indígenas.
Na leitura do prêmio, reivindicou os direitos históricos negados aos povos indígenas e denunciou a perseguição sofrida desde a chegada dos europeus ao continente americano, momento em que destruiu uma civilização plenamente desenvolvida em todo os âmbitos do conhecimento;2 finalmente, refletiu pela necessidade de paz, desmilitarização e justiça social em seu país, assim como o respeito pela natureza e a igualdade para as mulheres.
Grande parte de sua popularidade adveio do livro auto-biográfico de 1982-83 "Me llamo Rigoberta Menchú y así me nació la conciencia (em inglês I, Rigoberta Menchú - numa versão literal: Me chamo Rigoberta Menchú e assim me nasceu a consciência). O livro foi, em verdade, escrito por Elisabeth Burgos, a partir de entrevistas com Rigoberta.1
Neste livro,