ricardo economia
Principal teórico da escola clássica inglesa.
Baseado em Smith, reformulou a teoria do valor-trabalho e apresentou uma reflexão original sobre a repartição da renda, dos lucros e dos salários. Defensor do livre-câmbio, era contra as leis protecionistas do Reino Unido que impediam as importações de cereais a preço baixo.
Criou a teoria das vantagens absolutas, base de sustentação da análise liberal no campo das relações econômicas internacionais.
Ricardo reformula a teoria do valor-trabalho levando em conta a utilização do capital técnico: O trabalho humano é o primeiro fator da produção (sem ele nada é possível), também necessário levar em conta o uso dos bens de produção, que geram uma parte do valor dos bens apresentados no mercado. Ricardo chama de trabalho incorporado, que reúne o trabalho direto necessário para produzir uma mercadoria (a habilidade do trabalhador) e o trabalho indireto, contido nas ferramentas, nas máquinas e instrumentos utilizados na produção pelos trabalhadores. A investigação da origem do valor exige considerar essas duas dimensões do ato produtivo. Exemplo do cervo e do castor -> a arma do castor é mais cara e mais trabalhosa para se produzir do que a do cervo, então é provável que o castor valha mais de dois cervos.
Há uma categoria de bens cujo valor não dependem da quantidade de trabalho necessário para sua produção, seu valor se funda na sua raridade, como se pode ver nas obras de arte cujo preço é definido pela grande quantidade de gente que quer adquiri-los. Esses são os bens não-reprodutíveis, opostos aos bens reprodutíveis saídos da indústria, cujo valor é determinado pelo recurso ao trabalho e ao capital.
Ricardo distingue dois tipos de preço: o preço natural e o preço corrente. O preço natural corresponde aos custos de produção (trabalho incorporado): salários, compra da matéria-prima, uso do capital. Já o preço corrente é determinado pelo jogo da oferta e da procura