Revolução Verde
A Revolução Verde é um fato corrente no campo que está presente na vida de muitos produtores em diversas áreas do mundo, porém, para se chegar ao atual estágio, exigiu-se toda uma gama de fatores que marcaram a sociedade no instante de seu surgimento.
Nesse sentido, será imprescindível remeter ao contexto do final da Segunda Guerra Mundial, em cujo momento pode observar a formação de um conjunto de variáveis técnicas sociais, econômicas e políticas para a formação da Revolução Verde.
Antes de terminar a Segunda Grande Guerra, instituições privadas como a Rockfeller e a Ford, vendo na agricultura uma boa chance para reprodução de capital, começaram a investir em técnicas para o melhoramento de sementes, denominadas Variedade Alta de Produtividade (VAP), no México e nas Filipinas.
Ao fim da Segunda Guerra Mundial empresas de produtos químicos que abasteciam a indústria bélica norte-americana começaram a incentivar a produção e o uso de agrotóxicos como herbicidas, fungicidas, inseticidas e fertilizantes químicos. Paralelamente a este fato, começou também a ser adotado e incentivado o uso de maquinário pesado como tratores e colheitadeiras. Assim surgiram as inovações tecnológicas que deram início à base técnica da Revolução Verde.
As outras variáveis sociais, econômicas e políticas que impulsionaram a Revolução Verde surgiram ao findar da Segunda Guerra Mundial, durante a Guerra Fria, quando os EUA (bloco capitalista) e extinta União Soviética (bloco socialista) disputavam ideológica e economicamente a hegemonia do mundo. A partir desse cenário os demais países deveriam se aliar a uma dessas superpotências, que por sua vez, para manter ou conquistar novas áreas de influência faziam investimentos econômicos em países que pretendiam fazer com que se aliassem a elas. Os EUA e os grandes capitalistas temiam que a fome, um problema que se tornava cada vez mais sério em várias partes do mundo, se tornasse um elemento decisivo