Revolução Mexicana
Os antecedentes do conflito remontam à situação do México durante o Porfiriato. Desde 1876 o general Porfírio Díaz liderou o exercício do poder no país de maneira ditatorial. A situação prolongou-se por 34 anos, durante os quais o México experimentou um notável crescimento econômico e estabilidade política. Estes logo realizaram-se com altos custos econômicos e sociais, pagos pelos estratos menos favorecidos da sociedade e pela oposição política ao regime de Díaz. Durante o primeiro decénio do século XX rebentaram várias crises em diversas esferas da vida nacional, as quais refletiam o crescente descontentamento de alguns setores com o Porfiriato.
Quando Díaz assegurou numa entrevista que retiraria-se no final do seu mandato sem procurar a reeleição, a situação política começou a agitar-se. A oposição ao governo tornou-se relevante dada a postura manifestada por Díaz. Nesse contexto, Francisco I. Madero realizou várias rondas pelo país com vista a formar um partido político que elegesse os seus candidatos numa assembleia nacional e competisse nas eleições. Díaz lançou uma nova candidatura à presidência e Madero foi detido em San Luis Potosí por sedição. Durante a sua permanência na cadeia realizaram-se as eleições que deram o triunfo a Díaz.
Madero conseguiu escapar da prisão estatal e fugiu para os Estados Unidos. Desde San Antonio proclamou o Plano de San Luis, que apelava a tomar as armas contra o governo de Díaz em 20 de novembro de 1910. O conflito armado teve inicialmente lugar no norte do país estendendo-se posteriormente a outras partes do território mexicano. Uma vez que os sublevados ocuparam Ciudad Juárez (Chihuahua), Porfírio Díaz apresentou a sua renúncia e exilou-se na França.
Em 1911 realizaram-se novas eleições das