Revolução francesa e hegel
De todas as qualidades do espírito subsistem apenas a liberdade (Hegel) 1. HEGEL (1770-1831), em seus escritos, confronta a filosofia e a história. Ele estabelece como tarefa da filosofia:“pensar a vida”. A vida para ele é essencialmente a história da humanidade. Pensar a história é o primeiro elemento de sua reflexão. Uma vez que, a história é tempo de agitação, de conflito, de drama, ela é propício à elaboração de um pensamento globalizante, porque ela é facultada pela vida. Hegel retoma as aquisições da metafísica e coloca-a num nível mais elevado, no momento que, ele busca uma identificação entre o ser e o pensamento, a unidade objetiva e subjetiva, presente na razão. Esse vir a ser (movimento) tornou-se um elemento primordial presente na sucessão de momentos da consciência humana. Nosso autor estabelece que o conhecimento do tempo serviu de fundamento ao conhecimento humano. A história do pensamento é também história da razão. A razão contém uma correnteza de pensamento formado por gerações de pessoas. Com isto, ele introduz uma critica à intemporalidade que anteriormente era atribuída à verdade e à razão, agora verdade e razão é fruto do desenvolvimento histórico da humanidade. Hegel compreende por um lado, que a idéia de progresso intelectual e material herdada da Idade das Luzes está radicalizada por um acontecimento maior: a Revolução Francesa. Tanto os governantes como os povos do mundo compreendem a Revolução Francesa à custa do sofrimento e do seu destino histórico. Ele irá formalizar esse acontecimento numa analise compreensiva e posteriormente numa analise critica. Por outro, ele parte desse acontecimento para construir o saber que torna inteligível o devir da humanidade e que organiza o seu presente, sob os auspícios da razão. Assim, ele irá constituir uma síntese de todo o saber filosófico e reunirá nos seus escritos as