Revolução 1930 e Era Vargas
As condições para tal evento revolucionário já se mostravam presentes desde a década de 20. Tanto fatores políticos como econômicos combinaram para a ocorrência da ocasião, a qual traria grandes mudanças no cenário nacional da época. Este movimento armado culminou, posteriormente, com o golpe de Estado em 1930, pondo fim, após a deposição do presidente vigente, à República Velha.
Antecedentes
Passada a difícil fase dos primeiros governos republicanos, chefiados por Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, o país passa ser comandado por Prudente de Morais. Este, por sua vez, estabeleceu a pacificação da República e a partir de seu governo, as oligarquias agrárias passaram a ter grande influência sobre a política brasileira. Ou seja, o interesse econômico dos produtores de café, criadores de gado, senhores feudais e de engenho aumentaram significativamente.
A Constituição de 1891 caracterizava-se pela descentralização do poder e a autonomia dos Estados. Todavia, São Paulo e Minas Gerais, os dois mais importantes economicamente, ficaram em posição privilegiada, conseguindo maior influência junto ao governo federal. Esta “política dos governadores” ocasionou uma forte oposição dos Estados que se encontravam menos favorecidos, pois havia também o descontentamento destes sobre a sucessão presidencial alternada entre São Paulo e Minas Gerais, devido à política do café-com-leite.
Fatores políticos
O coronelismo, o tenentismo e o sistema eleitoral presentes na época foram os principais fatos que ocasionaram a revolução.
O primeiro se caracterizava pelo poder dos coronéis sobre os subordinados, os quais obrigavam estes a votarem em determinados candidatos, dando-lhes em troca presentes (almoço, roupas, botas etc.) e, em caso de reação contrária, apelavam para a violência. Este modelo era denominado como o “voto de cabresto”. Tal fato prejudicial à democracia chegava a influenciar importantes decisões da administração federal, pois estes