Revolta Provinciais
No período das regências, muitas revoltas eclodiram pelas províncias em decorrência da crise econômica, da insatisfação popular e do autoritarismo do governo central.
No Primeiro Reinado e no período regencial, a tradicional estrutura econômica colonial não sofreu alteração. Praticamente sem barreiras alfandegárias, os produtos estrangeiros dominaram o mercado interno brasileiro, estabelecendo uma concorrência que tornava impossível o desenvolvimento da produção nacional. Assim, nossa economia reduzia-se cada vez mais à produção de alguns poucos gêneros tropicais destinados à exportação, e ficava extremamente vulnerável às flutuações econômicas do comércio internacional. O país comprava mais do que vendia, resultando em um desequilíbrio da balança comercial. Além disso, o Brasil teve de pagar 2 milhões de libras a Portugal em troca do reconhecimento da independência, e realizou gastos com operações militares destinadas a conter as rebeliões internas e os conflitos externos.
O déficit brasileiro foi provisoriamente contornado com empréstimos internacionais, que não eliminaram as causas dos problemas. Pelo contrário, a situação complicou-se ainda mais.
Tanto na cidade quanto no campo, o povo levava uma vida miserável. Os alimentos eram caros. A riqueza e o poder concentravam-se nas mãos dos grandes fazendeiros e comerciantes.
Havia também grande oposição ao autoritarismo do governo central do império. As províncias queriam mais liberdade e autonomia e o direito de escolher seus próprios presidentes. Muitos políticos das províncias queriam até separar-se do governo central.
A crise econômica contribuiu para gerar focos de descontentamento em várias províncias. As camadas populares e as classes médias reivindicavam seu direito de participar do poder político.
A Cabanagem, no Pará, a Sabinada, na Bahia, a Balaiada, no Maranhão, e a Farroupilha, no Rio Grande do Sul são os principais movimentos revoltosos.
Cabanagem
Foi uma