REVOLTA DE FILIPE DO SANTOS
Ocorreu em Vila Rica, Minas Gerais, no século XVIII, durante o ciclo do ouro que foi uma época bem favorável para essa região por ter uma grande abundância em ouro. Em 1719, com a preocupação sobre o contrabando e a livre exploração do minério, a coroa Portuguesa implantou uma série de cobrança e impostos e também criou as casas de fundição, que eram os centros de cobranças e controle sobre as riquezas, inclusive foi estabelecido que era obrigatório o pagamento do quinto (os mineradores davam 20% do seu ouro extraído para a coroa), e os mineradores tinham que percorrer longas distâncias até chegarem as casas de fundição para entregar o quinto e muitas vezes eram roubados por ladrões.
Revoltados com essa cobrança de impostos tão grandes, os mineradores mesmo da classe média e da classe alta se rebelaram, liderados por Filipe dos Santos Freire, que era um fazendeiro e minerador rico e tropeiro que apoiava o fim das casas de fundição e redução dos impostos, aproximadamente dois mil mineradores participaram desta revolta em 1 de julho de 1720.
Os mineradores saíram de Vila Rica em direção a Vila de Nossa Senhora de Conceição do Carmo, onde ficava a sede do governo a fim de acabar com as casas de fundição e com os altos impostos cobrados. O governador da época era o Conde Assumar, que amendontrado com aquela situação, fingiu aceitar o que os mineradores estavam reinvindicando, porém dias depois começou a repreesão do movimento.
Essa repreensão deu-se da seguinte forma: o exército português foi atrás dos líderes da revolta, aqueles que eram capturados, tinham que andar acorrentados pelas ruas da cidade e eram presos, mas para Filipe dos Santos houve uma pena maior, no dia 16 de julho de 1720 houve uma cerimônia em praça pública onde Filipe dos Santos foi enforcado, depois seu corpo foi arrastado pelas ruas e foi esquartejado com suas partes expostas nos principais pontos da cidade. Isso foi uma forma de intimidação da coroa em cima do