revolta da vacina resumo
A Revolta da Vacina ocorrida Rio de Janeiro, no fim do século XIX e início do século XX, durante o governo de Francisco de Paula Rodrigues Alves. Com o crescimento desordenado da cidade os sérios problemas enfrentados, sendo eles sociais e de saneamento, como miséria, elevado índice de desemprego, lixo nas ruas, ratos e mosquitos transmissores de doenças, grandes epidemias como a febre amarela, a peste bubônica e principalmente a varíola, várias pessoas vinham a óbito.
O programa de governo de Rodrigues Alves dividia-se em dois pontos principais: remodelar a cidade e modernizar o porto. Diante deste cenário, os primeiros governos republicanos queriam transformar a cidade na capital do progresso, então realizaram obras de ampliação da rede de água e esgotos, a reconstrução do Porto e o alargamento das principais ruas do centro. Mas, o foco principal do governo era combater as epidemias locais, assim foram nomeados dois auxiliares: para prefeito foi eleito Pereira Passos e para Chefe da Diretoria de Saúde Pública foi eleito o médico sanitarista Oswaldo Cruz. Oswaldo, que convenceu o presidente a decretar a lei da vacina obrigatória contra a varíola, que foi aprovada no dia 31 de outubro de 1904. Ela foi rejeitada pela população por falta de informações, pois não se tinha consciência de que uma doença poderia ser evitada com uma injeção do próprio vírus no corpo.
Essa revolta durou 6 dias. Houve diversas cenas de vandalismos, apoiados por militares e políticos opostos a Rodrigues Alves, tendo cerca de 30 mortes, mais de 100 feridos, centenas de pessoas foram presas e mandadas para o Acre logo depois que o governo conseguiu dominar os revoltosos com o uso da tropa de bombeiros e a cavalaria.
Mesmo com toda a oposição, a campanha da vacinação continuou, não mais de forma compulsória, mas que em poucos anos a varíola foi erradicada no Rio de Janeiro, expandindo por todo o Brasil até a década de 1970.
Revolta da Vacina
A Revolta da Vacina