Resumo Revolta da Vacina
No livro intitulado “A Revolta da Vacina”, o autor Nicolau Sevcenko buscou, inicialmente, no primeiro capítulo, uma descrição detalhada do cotidiano da revolta, a agitação dos participantes e o estrondo dos confrontos entre as partes envolvidas. Nos dois capítulos seguintes, o autor tenta expor as causas mais profundas da eclosão da revolta e a relação entre essas causas e as características da sociedade brasileira da época. O último capítulo tem o objetivo de apreciar as características fundamentais da estrutura social da Primeira República (1889 – 1930). No primeiro capítulo, denominado “O motim popular: ímpeto”, o autor faz uma descrição detalhada do cotidiano da Revolta da Vacina (1904 – Rio de Janeiro). A publicação do plano de regulamentação da vacina obrigatória contra a varíola, uma medida de interesse do governo, com o argumento de que era inegável e imprescindível para a saúde pública gerou grande desconforto aos opositores ao governo que, por sua vez, opunham-se contra as condições de aplicação da vacina e, principalmente contra o caráter compulsório, reagindo ruidosamente à medida do governo. O então atual presidente Rodrigues Alves, vinha causando crescente insatisfação na população, chegando ao cume com a regulamentação da lei da vacina obrigatória e sua campanha de vacinação. A lei foi votada dia 31 de outubro e coube ao Departamento de saúde pública sua regulamentação, sendo a lei publicada dia 9 de novembro. A lei trazia consigo um caráter extremamente rígido, ameaçando a população com multas pesadas e demissões sumárias, caso descumprimento da lei. O objetivo da campanha era um rápido sucesso, não levando em consideração uma preparação psicológica da população. No dia seguinte à regulamentação da lei (10 de novembro), foram iniciadas agitações com toda fúria, com populares indo às ruas da área central do Rio de Janeiro, sendo quase imediatamente repreendidos por policiais.