Revolta da vacina
A Revolta da Vacina foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Ocorreram vários conflitos nas cidades onde eram violentos entre policiais e militares. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, provocando revolta. Essa negação em ser vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos.
DESENVOLVIMENTO/CONTEÚDO
O Rio de Janeiro, no final do século XIX para o século XX, era uma cidade de ruas estreitas e sujas, saneamento não desenvolvido e de doenças como febre amarela, varíola, tuberculose e peste. Os navios estrangeiros faziam questão de anunciar que não parariam no porto carioca e os imigrantes recém-chegados da Europa morriam de doenças infecciosas.
A principal causa foi a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, realizada pelo governo brasileiro e comandada pelo médico sanitarista Dr. Oswaldo Cruz. A grande maioria da população, formada por pessoas pobres e desinformadas, não conheciam o funcionamento de uma vacina e seus efeitos positivos. Logo, não queriam tomar a vacina.
A outra foi o clima de descontentamento das pessoas por medidas tomadas pelo governo federal, que afetaram principalmente as pessoas mais pobres, como a reforma urbana da cidade do Rio de Janeiro (capital do Brasil), que desabrigou milhares de pessoas para que cortiços e habitações fossem colocados abaixo para a construção de avenidas, jardins e edifícios mais modernos.
Durante a revolta, muitas pessoas se negavam a receber a visita dos agentes públicos que deviam aplicar a vacina, reagindo, muitas vezes, com violência. Prédios públicos e lojas foram atacados e destruídos. Trilhos foram retirados e bondes que eram o principal sistema de transporte da época,