Revolta da Balaiada (1838-1841)
A província do Maranhão vinha enfrentando uma forte crise econômica no século XIX, e um dos motivos de tal fato era a grande concorrência de algodão que vinha acontecendo no mercado internacional, já que os Estados Unidos vinham se intensificado cada vez mais na exportação do produto. Além dessa crise também havia acabado de ser estabelecida a Lei dos Prefeitos que dava ao Governador o privilegio de decidir quem seriam os prefeitos municipais e nomeá-los para que assumissem seus cargos, o que causou uma grande insatisfação popular e levou a fortes atritos entre o povo e as instituições do governo.
Como a tensão já começava a se mostrar existente entre o governo e a população, diversos focos de tensão começaram a surgir por vários locais do estado, e o surgimento de três líderes viriam a tornar a balaiada como uma das maiores revoltas da história do Brasil.
Líderes da Balaiada
O primeiro deles, Raimundo Gomes, foi o responsável por mobilizar um grupo de artesãos, vaqueiros e escravos, logo depois de ter seguido ordens de um opositor político de um determinado fazendeiro e libertado um grupo de vaqueiros aprisionados em Vila da Manga. O segundo líder, responsável por dar nome a revolta, um artesão chamado Manoel dos Anjos Ferreira, vulgarmente conhecido como Balaio, iniciou suas lutas contra as autoridades provincianas depois de acusar um dos oficiais, o senhor Antônio Raymundo Guimarães, de ter abusado sexualmente de suas filhas. Esse foi um dos fortes motivos que fez com que Balaio buscasse conseguir vários membros que aderissem a sua causa e junto a esses revoltosos conseguissem obter o controle da cidade de Caxias, que na época era um dos maiores centros