Revelação
NOTA DO EDITOR INGLÊS
DER REALITÄTSVERLUST BEI NEUROSE AND PSYCHOSE
(a) EDIÇÕES ALEMÃS:
1924 Int. Z. Psychoanal., 10 (4), 374-9.
1925 G.S. 6, 409-14.
1926 Psychoanalyse der Neurosen, 178-84.
1931 Neurosenlehre und Technik, 199-204.
1940 G.W., 13, 363-8.
(b) TRADUÇÃO INGLESA:
‘The Loss of Reality in Neurosis and Psychosis’
1924 C.P., 2, 277-82. (Trad. de Joan Riviere.)
Segundo uma declaração em nota de rodapé à tradução inglesa (C.P., 2, 277), ela foi, na realidade, publicada antes do original alemão. A presente tradução inglesa baseia-se na de 1924.
Este artigo foi escrito em fins de maio de 1924, pois foi lido por Abraham durante esse mês. Ele prossegue o debate iniciado no trabalho anterior ‘Neurose e Psicose’ (1924b), pág. 215, adiante, o qual amplia e corrige. Algumas dúvidas a respeito da validade da distinção traçada nestes dois trabalhos foram posteriormente debatidas por Freud, em seu artigo sobre ‘Fetichismo’ (1927e).
A PERDA DA REALIDADE NA NEUROSE E NA PSICOSE
Recentemente indiquei como uma das características que diferenciam uma neurose de uma psicose o fato de em uma neurose o ego, em sua dependência da realidade, suprimir um fragmento do id (da vida instintual), ao passo que, em uma psicose esse mesmo ego, a serviço do id, se afasta de um fragmento da realidade. Assim, para uma neurose o fator decisivo seria a predominância da influência da realidade, enquanto para uma psicose esse fator seria a predominância do id. Na psicose a perda de realidade estaria necessariamente presente, ao passo que na neurose, segundo pareceria, essa perda seria evitada.
Isso, porém, não concorda em absoluto com a observação que todos nós podemos fazer, de que toda neurose perturba de algum modo a relação do paciente com a realidade servindo-lhe de um meio de se afastar da realidade, e que, em suas formas graves, significa concretamente uma fuga da vida real. Essa contradição parece séria,