Retórica deliberativa
Disciplina - DGLP1302SPOJ – Comunicação e Linguagem
3° Atividade de Portfólio
Retórica deliberativa e elementos extra discursivos – elementos para a aposta de um juízo político
A política é uma das mais fundamentais atribuições do homem. Na perspectiva de Aristóteles, o homem é um animal político, visto suas carências e imperfeições, que implica a dependência de outros homens. Para o Estagirita, a cidade (polis – Cidade Estado grega) não deveria ser maior que o alcance da voz do pregoeiro. Mesmo Atenas, berço da democracia, já era uma cidade muito grande para que seus cidadãos pudessem deliberar sobre as coisas da cidade (política). Isso significou o aparecimento daquilo que nós chamamos democracia representativa. Eram eleitos representantes dos cidadãos e esses (políticos) deliberavam sobre as coisas da polís.
Em nosso mundo, apesar das enormes diferenças e distancia temporal, a democracia representativa ainda é instrumento de política. Assim, os políticos também permanecem. Para serem eleitos, hoje, como no passado, eles estabelecem programas, ou um plano de intensão, que buscam representar grupos de pessoas que constituem a sociedade. Em todos os casos, sem exceção, seus discursos (compreendido como tudo que busca significação) se servem de técnicas da oratória e da retórica, sejam de forma programada ou de improviso. Com isso, a questão que se coloca é: “os discursos revelam as verdadeiras intenções dos políticos?”.
É necessário afirmar duas coisas para iniciarmos a explorar essa questão. Em primeiro lugar, existe uma distancia entre aquilo que uma pessoa fala e aquilo que ela faz. Dessa forma, não é difícil encontrarmos políticos que se manifestam discursivamente uma posição, buscando apoio social de um determinado grupo, mas realizando projetos e políticas que não favorecem o grupo ao qual o discurso de refere, mas a outro.
Em segundo lugar, retórica e oratória não são a mesma coisa, embora possam