Resvista de Andropofagia
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Revista de AntropofagiaRevista de Antropofagia foi uma publicação surgida como consequência do Manifesto Antropófago escrito por Oswald de Andrade. A revista de Antropofagia teve duas fases, ou "dentições", como queriam os seus participantes.
A primeira "dentição", sob a direção de Alcântara Machado e Raul Bopp, teve dez números publicados, que circularam de maio de 1928 a fevereiro de 1929. Nessa primeira fase os principais colaboradores foram: Plínio Salgado, Mário de Andrade, Jorge de Lima, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Menotti del Picchia, Murilo Mendes, Augusto Meyer, Pedro Nava etc. Como se pode ver, os autores que escreveram nessa primeira fase da Revista de Antropofagia representam a "nata" do primeiro momento modernista.
Já a segunda "dentição", sob liderança de Geraldo Ferraz, teve 15 números publicados no jornal "Diário de São Paulo". O primeiro número foi publicado em 17 de março de 1929 e o último, em 1 de agosto de 1929.
A primeira fase da revista não tinha uma linha ideológica bem definida. Em seus exemplares eram encontrados artigos de Oswald de Andrade e de Mário de Andrade que "contrastavam" com poesias típicas da Escola das Antas.
"A revista de antropofagia não tem orientação ou pensamento de espécie alguma: só tem estômago"
A segunda fase, ou dentição, da revista apresentava uma linha ideológica mais definida. Essa fase é marcada por críticas agressivas a literatos e artistas modernistas.
"Não fazemos crítica literária. Intriga, sim!" Freuderico - pseudônimo de Oswald de Andrade.
Toda essa agressividade de Oswald acaba por causar uma ruptura com vários colaboradores da Revista, como por exemplo: Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade. Os "antropófagos" que continuaram nessa segunda fase foram: Oswald de Andrade, Raul Bopp, Geraldo Ferraz, Tarsila do Amaral e Patrícia Galvão (Pagu).
A atuação da revista nessa segunda fase não foi apenas no campo literário. Os "antropófagos" passaram a direcionar suas críticas