Resumo
Oito anos depois, com uma perspectiva histórica mais segura, mas não menos instável, Rüdiger lança um trabalho mais completo e ambicioso. As Teorias da Cibercultura (Ed. Sulina, 2011) mantém o didatismo de seu embrião, mas avança ao incluir novas teorias e reposicionar as antigas. Trata-se, segundo ele, de uma chave de leitura pela qual o leitor pode encontrar um roteiro histórico e conceitual para situar suas dúvidas e desenvolver suas próprias reflexões, desde que esteja atento também ao contexto histórico não compreendido pelo relato.
Os primeiros “estranhamentos” de uma nova realidade
No primeiro capítulo, Rüdiger traz aspectos preliminares sobre as relações entre cultura e técnica na era das massas, as polêmicas e embates teóricos próprios de um contexto de rupturas. Para tal, toma como referência uma matéria sobre a irrupção da internet na vida cotidiana publicada na Revista Time, em 25/07/1994, chamando a atenção para o fenômeno que finalmente deixava de ser restrito ao universo da ficção científica. Nessa matéria, ele identifica três linhas de abordagem: A dos populistas