Resumo
Quando um homem está disposto a formular uma verdade científica, ele tem que estar ciente de que isso é algo passível de mudanças. Com o passar do tempo essa “verdade científica” pode ser até mesmo modificada ou abandonada, dependendo dos resultados obtidos com novas reflexões. Se um homem ignorar o fato de que é essencial que todo conhecimento seja “lapidado” e utilizar essa “verdade científica” como uma certeza eterna, ele estará privando esse conhecimento de correções ou aperfeiçoamentos, que são importantes para a evolução das coisas.
Toda Teoria é Revolucionária
É possível seguir com velhas teorias e nesse caso, sabotar a possível criação de novas teorias. O preceito doutrinário torna-se um obstáculo para que seja descoberta a verdade. Por isso, cada vez que novos elementos são omitidos, torna-se praticamente impossível chegar a um conceito adequado. Uma teoria passa a representar uma relação com o novo significado e o significado original e com as coisas antigas com o novo significado quando ela se adéqua às condições atuais.
Assim, uma teoria é sinônimo de teoria revolucionária.
Paradigma e Ideologia Kuhn renovou o conceito paradigma, passando esse a ser visto como uma concepção teórica. A identificação de um novo paradigma faz surgir um problema que faz com que o novo paradigma condene o antigo e obriga todo o aparelho a uma renovação. Mas um antigo paradigma não pode simplesmente perder valor. E sim ser relacionado com o novo. O novo paradigma foi tirado de uma teoria antiga e não surgiu do nada. Uma teoria nova causa ordem de fatos que a obriga à criação de uma nova teoria. Por isso que a geografia quantitativa se tornou um paradigma. Um paradigma busca interpretar os fatos e não gerar fatos segundo uma ideologia. Ideologia é o oposto de uma teoria.