resumo
Os principais trabalhos e conceitos sobre o lazer no Brasil fundamentam-se nas acepções teóricas do sociólogo francês Dumazedier (1976). Este autor define lazer da seguinte maneira: “O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais.” Esta concepção repercutiu de tal modo nas formulações teóricas sobre o lazer no Brasil, que Dumazedier transformou-se em pouco tempo na principal fonte de pesquisa sobre o assunto.
O PONTO DE VISTA SOCIAL Há orientação dentro das seguintes linhas gerais:
a) o lazer tem sido, historicamente, uma atividade necessária ao desenvolvimento bio-psíquico-social do homem;
b) o lazer está relacionado à disponibilidade do tempo livre;
c) o lazer diz respeito mais diretamente às classes privilegiadas pela sua situação sócio-econômica;
d) por fim, a prática do lazer é influenciada sobretudo pelo Estado, na medida em que este pode implementar políticas públicas para o setor, além de oferecer espaços físicos necessários e adequados para a sua execução.
Portanto, a relação com o trabalho, a sua presença ao longo da história da humanidade, o caráter de classe e a influência que o Estado contemporâneo pode apresentar colocam-se teoricamente como os principais elementos definidores do lazer.
VALORES FUNCIONALISTAS
A assimilação dos valores funcionalistas do lazer na prática, pode ser exemplificada pela caracterização do profissional. Ou seja, como todo profissional, o animador do lazer tem uma missão específica, com alvo certo no atendimento da pessoa. É o técnico que se dedica a ocupar salutarmente as pessoas de tempo livre. Entretanto o profissional do lazer e recreação é