Resumo: o segundo pnd
O próprio II PND também tinha o objetivo de superar o próprio subdesenvolvimento do país, eliminando os estrangulamentos estruturais de nossa economia. O governo Geisel assumiu uma postura de afirmação de um projeto nacional, ainda que contraditório e dissociado dos anseios e necessidades da grande maioria da população do país. No II PND a maioria dos investimentos para crescimento industrial estava direcionada ao departamento I, produtor de bens de capital e bens intermediários. Seria uma nova tentativa de articular a ação e os investimentos das empresas estatais com investimentos da grande empresa privada nacional. O financiamento do II PND foi feito em grande parte com empréstimos externos, fundamentais para o fechamento do balanço de pagamentos do país, desequilibrado por grandes déficits em transações correntes. Entretanto, a amplitude da crise mundial e suas repercussões internas provocaram a desaceleração do plano e seus resultados concretos só vieram a se fazer sentir em 1983 e 1984.
O II PND (1975-1979): “A Fuga Para A Frente”
O governo do General Geisel tinha pela frente o desafio de dar continuidade ao crescimento econômico desde 1964. Ao mesmo tempo, a fração militar que assumira a presidência tinha um projeto geopolítico de afirmação do país enquanto potência, ainda que regional, e de abertura política, com a paulatina transformação do autoritarismo militar. Para a continuidade do crescimento econômico, era fundamental desenvolver o departamento I, superando a forte dependência externa do país com relação a bens de capital, petróleo, produtos químicos, fertilizantes, etc. O II PND foi a mais ampla e articulada experiência brasileira de planejamento após o Plano de Metas. Partindo da avaliação de que a crise e os transtornos da economia mundial eram passageiros e de que as condições de financiamento eram favoráveis, o II PND propunha uma “fuga para frente”, assumindo os riscos de aumentar provisoriamente os