Resumo - O mal na filosofia de Tomás de Aquino
Kellyton de Sá Leite Sousa, graduando em Filosofia pelo IFITEG
E-mail: kellytondesa@gmail.com
Resumo
Este artigo visa apresentar os fundamentos filosóficos sobre o Mal, arquitetado por Santo Tomás de Aquino. Tomás de Aquino compreende o mal como privação, partindo do pressuposto de que o mundo é criado como reflexo perfeito de Deus, neste sentido demostrará que, como no mundo há seres diversos e de formas diferentes, logo há graus diferentes de perfeição representados na natureza. Nestes graus de perfeição há seres corruptíveis e seres incorruptíveis. Concluir-se-á que a essência do mal consiste na deficiência do bem, isto é, o mal não existe em si mesmo, logo ele deverá estar em algum sujeito, este é uma substância que é um bem. Assim o mal, enquanto imperfeito, é uma causa acidental, por estar no sujeito como coisa e é a falta do bem natural ao ser.
Nas ações do ser poderá produzir um mal, pelo fato de haver algum defeito em sua ação ou privação em sua atividade. Ao passo que no agir do Sumo Bem, que é Deus, não há defeito e com isso não pode ser causa do mal. Tomás de Aquino considera que o pecado um mal, pois priva a natureza humana da presença de Deus, causando assim a corrupção e concupiscência na natureza humana. Este mal é conhecido mais como mal moral que se dá no contexto da liberdade e da responsabilidade humanas. Epistemologicamente Tomás de Aquino apresenta três males, não separados mas entrelaçados, que são o mal moral, o mal metafisico e o mal físico. Contudo, é a partir do Bem Supremo que se desvela o problema do mal para o homem. Santo Tomás de Aquino não esgotou a reflexão acerca de tal problemática, pois ela há muito tempo vem sendo causa de discussões e perpassa até os dias de hoje. O saber do Doutor Angélico caminha para um despertar do homem para uma vida de liberdade, na medida em que se aproxima do Sumo Bem.