Origem e formação das ideias filosóficas
Origem e formação das ideias filosóficas: questões metodológicas e históricas Esse contexto historiográfico nos leva como as ideias filosóficas surgiram, e como as compreensões dos significados se desenvolveram. Analisando as razões de algumas dessas ideias de como elas foram aceitas e outras rejeitadas. E com isso temos que nos dedicar a entender a questão metodológica do exercício do filosofar compreendendo a constituição histórica dessas ideias, e discutir a emergência individual e a emergência coletiva das ideias filosóficas. O saber filosófico trata do cotidiano dos seres humanos em sociedade, possibilitando o direcionar do sentido e do significado do cotidiano e da coletividade social.
1. A questão do método em filosofia
1.1. Exemplos históricos do exercício do filosofar A questão metodológica do conhecimento tem sido tratada, de maneira relevante, imprimindo-lhe um valor decisivo ao longo de sua história. Sócrates foi um dos filósofos que sistematizou o filosofar com o surgimento de um método contendo duas partes: primeira “ironia” em grego significa perguntar, com o objetivo de questionar o entendimento comum que era feito por meio do diálogo, para fazer com que os interlocutores chegassem à verdade. Segundo: “maiêutica” em grego que significa parto, e pelo meio do diálogo irônico e maiêutico era a busca da verdade universal que direcionaria a prática moral dos seres humanos. Sócrates foi discípulo de Platão e modificou o método do mestre, que seria o modo do entendimento do mundo sensível, para o mundo das ideias, do mundo verdadeiro. Já na Idade Media, Santo Agostinho retoma em parte a ideia socrática e platônica, da busca da verdade dentro de si, mesmo em sua alma buscando a verdade eterna que é Deus. Por outro lado Tomás de Aquino retoma a metodologia de Aristóteles, que era a constituição da verdade universal. Havendo debate entre seus opositores as teses apresenta uma proposição duvidosa: “parece que Deus é verdadeiro”