Resumo o homem dos ratos
A espécie humana, como todas as outras espécies, é um produto da seleção natural. Cada um de seus membros é um organismo extremamente complexo, um sistema vivo, objeto da anatomia e da fisiologia. Campos como a respiração, a digestão, a circulação e a imunização foram separados como objetos de estudo especiais e entre eles está o campo que chamamos comportamento. Este envolve comumente o ambiente. (Skinner, 1974, p.33, citado por Sério &Andery, 2008). Dois aspectos intimamente relacionados marcam essa concepção de espécie humana: (1) o compromisso com a teoria da evolução por seleção natural e (2) o caráter relacional envolvido no comportamento. Esta teoria se origina principalmente das proposições de Charles Darwin (1809-1882), em especial, daquelas apresentadas em seu livro A origem das espécies (publicado pela primeira vez em 1859). Darwin e outros estudiosos que eram seus contemporâneos defendiam a noção de que as espécies mudavam no decorrer de sua história; esses pensadores opunham-se, assim, de forma clara, à suposição adotada até então pela grande maioria dos estudiosos da natureza de que as espécies seriam produtos imutáveis e independentes, isto é, de que cada uma delas havia sido criada separadamente: Dessa forma, o compromisso com a teoria da evolução por seleção natural fornece fundamentos para uma concepção da espécie humana como produto da natureza e como fenômeno histórico; é fenômeno com uma história que revela uma conclusão surpreendente: a história da constituição da espécie humana mostra que os seres humanos não são apenas produtos da natureza, são também produtos do próprio homem. Tomar a espécie humana como um dos resultados do longo processo de variação e seleção pelo qual passaram os seres vivos faz, é claro, com que olhemos o comportamento também como um produto desse processo: “o que chamamos comportamento evoluiu como um conjunto de funções que promovem o intercâmbio entre organismo e ambiente” (Skinner,