Resumo - O Caso dos Exploradores de Cavernas
FULLER, Lon L. O caso dos exploradores de cavernas. Tradução por Ivo de Paula, LL. M. Introdução e apêndice por João Paulo Rossi Júlio. São Paulo: Livraria e Editora Universitária de Direito, 2003. Um debate sobre sobrevivência e jurisprudência.
Lon L. Fuller, em seu livro “O Caso dos Exploradores de Cavernas”, abordou um processo fictício ocorrido na Suprema Corte de Newgarth, no ano de 4300. No livro, o Presidente do Tribunal traz o relato do caso, datado de maio de 4299, em que quatro réus são acusados de um assassinato, ocorrido durante uma exploração de uma caverna. No decorrer dessa expedição, quando já estavam dentro da caverna, houve um deslizamento acarretando o bloqueio da entrada da caverna, deixando assim, os cinco exploradores presos e sem saída. Um deles foi consumido para que os outros sobrevivessem. Após a retirada dos quatro sobreviventes, eles foram condenados ao enforcamento pelo Tribunal de Primeira Instância do Condado de Stowfield. Mas alegando vício, os réus apelam para o Tribunal de Apelações. É nessa esfera em que o autor relata os depoimentos e decisão do referido tribunal e de seus ministros.
Os depoimentos iniciam pelo Presidente do Tribunal, Truepenny, que faz uma rápida explanação de como o caso ocorreu quando os cinco exploradores estavam presos na caverna. Começou relatando que Whetmore, um dos exploradores, argumentava que a única chance da maioria sobreviver era que um deles deveria ser consumido. Com o aval de todos os presentes a escolha foi tirada na sorte com um par de dados. Whetmore, antes de começar o lançamento dos dados, se retirou do acordo decidido que deveriam esperar por mais uma semana. Seus companheiros mesmo assim continuaram com o arremesso dos dados. Na vez de Whetmore, argumentaram se ele possuía alguma objeção em outra pessoa lançar os dados na sua vez, e ele concordou. Porém, o resultado foi negativo e ele acabou sendo consumido pelos seus companheiros. A partir