O caso dos exploradores de cavernas (resumo)
FULLER, Lon L. O caso dos exploradores de cavernas. Trad. Plauto Faraco de Azevedo. Porto Alegre: Fabris, 1976
RESUMO
O caso dos exploradores de cavernas trata-se de um litígio baseado em acontecimentos verdadeiros, relatado por Lon L. Fuller, professor de Jurisprudência da "Harvard Law School e traduzido por Plauto Faraco de Azevedo, professor adjunto e pesquisador da Faculdade Direito da UFRGS, doutor em Direito pela Universidade Católica de Louvain, Bélgica (Sérgio Antônio Fabris Editor, Porto Alegre, 10ª reimpressão, 1999).
Conta que em maio do ano de 4299, no Condado de Stowfield, Inglaterra, cinco espeleólogos penetraram em uma caverna de rocha calcária. Quando já estavam bem afastados ocorreu um desmoronamento que bloqueou completamente a entrada. Devido a ausência dos exploradores, uma equipe de socorro foi enviada ao local.
Outros deslizamentos foram registrados dificultando o resgate, pois operários que trabalhavam no resgate morreram e os prisioneiros foram esgotando os alimentos de que dispunham.
As comunicações entre os prisioneiros e a equipe de resgate era feita através de um rádio de comunicação, porém devido a localização as equipes demorariam cerca de 10 (dez) dias para conseguir libertá-los.
Em diálogo com os médicos da equipe de resgate os exploradores descreveram suas condições físicas, e devido a precariedade de saúde, os médicos disseram que dificilmente agüentariam até o prazo estabelecido para o resgate. Roger Whetmore, um dos prisioneiros e porta-voz do grupo questionou ao médico sobre a possibilidade de sobreviverem se um dos prisioneiros fosse sacrificados para alimentar os demais.
A informação que partiu dos médicos foi afirmativa, porém Whetmore não obteve resposta sobre o aspecto moral, mesmo questionando. Conforme pactuado no vigésimo terceiro dia a sorte foi lançada em um jogo de dados para que se escolhesse a vítima, Whetmore