Resumo: O Capital - Capítulos: XXIV e XXV
A Assim Chamada Acumulação Primitiva e A Teoria Moderna da Colonização
Karl Marx explica que acumulação primitiva é “uma acumulação que não decorre do modo capitalista de produção, mas é seu ponto de partida, que o processo que cria o sistema capitalista consiste apenas no processo que retira ao trabalhador a propriedade de seus meios de trabalho, um processo que transforma em capital os meios sociais de subsistência e os de produção e é considerada primitiva porque constitui a pré-história do capital e do modo de produção capitalista”. Diante desta análise, Marx explica a que o que desencadeou o surgimento de um novo modo de produção capitalista foi um cenário que contém dois autores principais: de um lado, o capitalista, que é o dono dos meios de produção e proprietário do dinheiro, ele aumenta suas riquezas com a compra do trabalho alheio; de outro lado, o trabalhador, que possui apenas uma alternativa que é vender sua força de trabalho.
Em geral, a acumulação primitiva do capital é o processo de passagem do modo de produção feudal para o modo de produção capitalista, que foi caracterizada pela expropriação dos camponeses que se viram obrigados a se assalariarem resultando no enriquecimento cada vez maior de uma classe cada vez menor. Com a expropriação inglesa, vários indivíduos expulsos do campo não conseguiram se adaptar ao novo modo de vida, e com isso se tornam grandes massas de assaltantes, vagabundos, mendigos, e a partir dessa situação criada na sociedade surge uma legislação violenta contra esses indivíduos, o que nos mostra as consequências geradas pelo advento do sistema capitalista.
Marx inicia o capítulo sobre “A teoria moderna da colonização” afirmando que se na Europa o desenvolvimento da sociedade produtora de mercadorias já estava tão desenvolvido que os economistas já o consideravam como parte de uma ordem natural, nas colônias a situação era outra. “ A economia política está fundada em duas