A Holanda, habitada desde o Baixo e Médio Paleolítico (250 000 a 35 000 a. C.), tem suas raízes nas civilizações celta e germânica (século VIII a século I a. C.) e na civilização romana (século I a. C. a século V d. C.). Ao domínio romano sucedeu-se o domínio dos Francos, mas estes acabariam por ser suplantados pelo Império Carolíngio (que teve Carlos Magno como o mais famoso imperador) nos finais do século VII, o qual foi desmembrado após a morte do imperador Luís, o Pio, no ano de 840. A partir do século X, vários principados começaram a surgir, todos com ligação feudal ao reino alemão, menos a Flandres. Estes principados deram início, no século seguinte, a um período de guerras independentistas, aproveitando o enfraquecimento dos reinos alemão e francês. Os principados entraram, então, em conflito entre si com vista a obter o domínio na região, o que viria a ser conseguido pela Flandres, principado onde se inseriam as poderosas cidades de Bruges, Gand e Ypres. Em 1504, o território holandês passou a fazer parte da Coroa espanhola, participando, então, nos diferentes conflitos em que a Espanha se envolveu. Durante a Reforma, a Holanda converteu-se ao calvinismo, que inspirou o príncipe Guilherme de Orange a liderar uma revolução opositora à política de Contrarreforma, culminando com o estabelecimento das Províncias Unidas da Holanda (1579), cuja independência foi reconhecida pela Espanha em 1648. Aliás, no século XVII a Holanda tornou-se o país europeu líder do comércio ultramarino, provocando rivalidades com a Inglaterra, com qual entrou várias vezes em guerra. Em 1688, o Parlamento inglês convidou Guilherme de Orange para governar a Inglaterra como Guilherme III. No entanto, ao longo do século XVIII, o poder marítimo holandês enfraqueceu, tornando-se a Holanda dependente da Inglaterra. Com a Revolução Francesa, a Holanda passou a ser um protetorado francês, mas em 1814 a casa de Orange fundou o reino da Holanda, sob a regência de Guilherme I, que