Resumo "a possibilidade do plenamente humano"

Dissertação – Estudos de Filosofia da Cultura Capítulo 2: A Possibilidade do Plenamente Humano
Autor: Moraes, Regis
“A mais avançada etnologia contemporânea repete à fartura: o homem é um ser originariamente desdotado de especialização genética para a vida social.” (Página 42)
“ Daí sermos levados a considerar a cultura como a possibilidade do plenamente humano.” (Página 42)
“Dos traços culturais mais humildes aos complexos culturais mais requintados, plenifica-se o homem.” (Página 43)
Diferentemente dos animais irracionais o homem necessita da influência do meio em que vive para evidênciar sua característica civilizatória e cultural. O caráter social dos irracionais já é determinado pela sua genética, ou seja, o seu relacionamento caracteriza-se pela codificação biológica entitulada no ser. Deste modo, não necessitam de treinamento ou aprendizagem do meio para manifestar suas excêntricidades de comportamento. Como exemplo, podemos citar as abelhas que possuem formas de relacionamento determinadas por sua memória biológica, de modo que, se separarmos as larvas de uma colméia adulta, elas passam a desenvolver características típicas do seu padrão cultural mesmo que não tenham se relacionado com a colméia-mãe.
Já os homens necessitam de uma relação com o meio externo para a sua socialização, ou seja, a educação e interação com os outros que os cercam são essenciais para a sua caracterização e formação de identidade. Logo, o homem não possui a mesma genealogia e personalidade sempre, uma vez que ela é determinada pelas diferentes épocas, meios e tradições de uma sociedade. Somos instruídos pela comunidade em que nos encontramos e passamos a seguir e formar uma cultura dela.
A importância da cultura na formação do homem pleno está associada ao fato de que a personalidade de um ser humano é indeterminada apenas sabendo de sua existência. É preciso passar por um processo de objetivação do meio para conhecer o indivíduo, o fato de apenas nascer não determina quais