Resumo "a política - aristóteles"
Origem do Estado e da Sociedade
Toda cidade é uma associação, e toda associação é formada objetivando um bem ou lucro.
Todos os que julgam que o governo político, real, familiar e senhorial são uma mesma coisa estão errados quanto a autoridade de cada governo. Assim, se a autoridade é exercida sobre um pequeno número, trata-se de um senhor; se esse número é maior, de um chefe de família; se é ainda mais elevado, de um chefe político ou rei.
O chefe de família tem por natureza comandar, e o macho é mais apto para o comando do que a fêmea (em algumas sociedades nem se distingue a mulher do escravo). O comando dos pais sobre os filhos deve ser visto como o de um rei. Para comandar, o chefe deve ter seus próprios instrumentos. Aí entra o escravo, que é visto por Aristóteles como um instrumento animado. Questiona até mesmo se o escravo tem sentimentos, ou se só possui utilidade física. Após uma reflexão, conclui que o escravo deve, sim, possuir sentimentos, pois sem eles não teria em seu interior a obrigação moral de obedecer.
Mais uma vez, Aristóteles afirma a natureza mandamental do homem, superior aos animais, que tem por natureza obedecer: ele domina os animais e estes se sentem seguros, pois precisam obedecer.
Para Aristóteles, o ócio é enobrecedor, e exclusivo aos ricos: eles não precisam se sujeitar a situações desagradáveis – seus empregados fazem isso a eles, e enquanto os empregados trabalham, os ricos se dedicam à política ou filosofia. Portanto, só homens ricos poderiam governar, pois os pobres não teriam tempo.
Para Aristóteles a riqueza inclui tudo o que o homem pode ter como propriedade, e o escravo não é nada mais que isso.
O modo nobre e útil do homem de enriquecer é conhecer sua propriedade:o que é mais vantajoso, quando o é, conhecer a agricultura e obter lucro em cima dela. Aristóteles é a favor da riqueza: o ser humano pode ser mais e mais rico, sem limite. No entanto, Aristóteles condena duas condutas: o filósofo que faz