Resumo A Imagem que se Le

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Existem diferenças entre as imagens produzidas nas diversas áreas do design e as imagens consideradas obras de arte?
Para complicar mais a questão, vamos fazer uma outra pergunta: pode uma imagem estética, produzida por um designer, destinada a um determinado fim específico, vir a tornar-se uma obra de arte?
Como se sabe, as imagens podem desempenhar vários papéis. Fica então registrado que o parâmetro da funcionalidade pode contribuir para o estudo da imagem, mesmo não sendo absoluto nem definitivo, uma vez que não se trata de um referencial destituído de polêmica.
Assim, este pode ser um bom começo para a discussão: analisar as finalidades que podem ter as imagens. Isto significa examinar as funções de cada imagem, verificar como ela funciona, para quê ela serve, para poder definir se ela é um produto do design ou uma obra de arte.
Existem diversos estudiosos que são contra pensar em arte como um fenômeno que tenha
“função”, pois a relação entre a arte e o sujeito deveria ser de “pura gratuidade”. Outros dizem que o próprio fato de uma imagem “funcionar esteticamente”, já é, em si, uma utilidade, uma função.
O que se observa é que as funções de uma imagem podem mudar, através não só do tempo, como do espaço. E se mudam as funções, conseqüentemente, também pode mudar a categoria dessa imagem. Por exemplo, o que em determinado contexto cultural teve função religiosa e persuasiva pode, em outro espaço, deixar de tê-las, mesmo que permaneçam outras funções, como a simbólica e a estética. Servem como exemplo as Igrejas que são ou que contém relevantes obras de arte sacra, e que hoje estão transformadas, praticamente, em museus, pois são abertas permanentemente à visitação – e muitas delas cobram ingressos – já que nelas raramente são oficiados atos litúrgicos; nessas circunstâncias, inexistem funções religiosas e persuasivas.
Cartazes de espetáculos, como os que foram criados no início do século por
Toulouse-Lautrec podem, através do tempo,

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