Resumo Vigiar e Punir - Quarta Parte
527 palavras
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A quarta parte do livro, intitulada “Prisão”, é iniciada com o relato de que o encarceramento é mais antigo do que a instituição de códigos penais, e tinha por objetivo separar os indivíduos e classificá-los, coletando informações sobre seu comportamento e tornando-o mais “dóceis e úteis, como Foucault coloca. Posteriormente, nos séculos XVIII e XIX, a pena de detenção é instituída como modelo de coerção, utilizado pela sociedade, na forma do Estado. A prisão tornou-se a base do sistema de punição estatal, deixando qualquer outra execução penal em segundo plano. No entanto, no século XX, já era possível perceber a ineficiência do sistema penal estabelecido, e ao mesmo tempo, a ausência de uma alternativa viável para a prisão. O principal modelo de punição era considerado um mal, mas um mal necessário. A pena de privação de liberdade, desde sua instituição, pareceu a mais óbvia, de acordo com Foucault, levando em conta que a liberdade é um bem igual para todos, e sua perda tem o mesmo peso para todos. Outra razão para a obviedade da prisão, anteriormente mencionada, foi a de transformar os indivíduos, tornando-os dóceis. É possível perceber os fundamentos da pena privativa de liberdade como são compreendidos e aceitos oficialmente na atualidade: como forma de repressão ao agente do crime, e como prevenção para a sociedade como um todo. Os modelos de prisão relatados primeiramente são os de Auburn e o da Filadélfia. O primeiro evidencia uma regra de total silêncio entre os presos, uma referência ao modelo monástico, e tenta recriar uma sociedade perfeita, condicionando o temor da punição no preso. O segundo modelo trabalha com uma regra de isolamento absoluto, para que possa refletir, e encontrar “a moral que nunca perece no coração do homem”. Outro aspecto da prisão detalhado por Foucault é o trabalho realizado pelos detentos no cumprimento da pena. No livro, são abordados aspectos relativos ao trabalho na prisão, suas funções e a sua obrigatoriedade