Estudo dirigido
DIREITO NOTURNO
A centralidade de Vigiar e Punir. História da violência nas prisões, na obra de Michel Foucault
FRANCIELY FERREIRA RIBEIRO
LUCIVALDO GOMES DA SILVA
ANTROPOLOGIA
MONTES CLAROS- MINAS GERAIS
2013
Introdução
O livro tem como objetivo traçar uma correlação entre o sistema prisional surgido a partir do século XVI e o moderno sistema de “correção”, fazendo análise de penas e julgamentos, um estudo da origem do modelo repressor estatal atual e do tortuoso caminho do estudo jurídico para aplicação das penas.
Suplício
O corpo dos Condenados a ostentação dos suplícios. O autor na sua obra, como era cruel,
Violento, desumano, nefasta, as punições aplicadas aos presos condenados no fim do século
XVIII, na Europa. O castigo que se empunha aos indivíduos culpados naquela época,
Traduzia-se em cenário de peça teatral, exposta ao público com rigor de crueldade onde
O corpo dilacerado transformava em suplicio para aqueles presos. O corpo supliciado,
Esquartejado, amputado, mutilado simbolicamente no rosto ou no ombro, sendo exposto
Vivo ou morto era dado como espetáculo teatral e que tinha o corpo como alvo principal
Da repressão penal. A certeza de ser punido é que deve desviar o homem do
Crime e não mais o abominável teatro. Não tocar mais o corpo, ou o mínimo possível, e
Para atingir nele algo que não é o corpo propriamente. Dir-se-á: a prisão, a reclusão, os
Trabalhos forçados, a servidão de forçados, a interdição de domicilio, a deportação que
Parte tão importante tiveram nos sistemas penais modernos, são penas “físicas”:
Com exceção de multa, se referem diretamente ao corpo. Mas a relação
Castigo-corpo não é idêntica ao que ela era nos suplícios. O corpo encontrase
Aí em posição de instrumento ou de intermediário; qualquer intervenção
Sobre ele pelo enclausura mento, pelo trabalho obrigatório visa privar o
Individuo de sua liberdade considerada ao mesmo tempo como um