Resumo - Vernant: as Origens do Pensamento Grego
Vernant fala sobre a formação da “polis”, como se deu a sua formação, o seu desenvolvimento e a importância que tem para toda a civilização grega e ocidental. Quando ela foi efetivada, as noções de relação social e interpessoal mudaram.
Vários agrupamentos começam a construir cidadelas que, aos poucos, vão agrupando pessoas de outros lugares que buscam proteção. Nesta época surgem algumas cidades importantes, como: Atenas, Tebas e Esparta.
A monarquia começa a dar lugar para uma oligarquia urbana, onde o comércio e o artesanato predominam economicamente, mesmo não havendo uma moeda.
A polis era onde se exercitava a arte erística, que é esse amor a discussão, a arte da discussão, o amor pela discussão só pelo fato de se discutir. É o que movimentava a polis grega, a controvérsia. Para se ganhar essa disputa precisa-se de persuasão, que precisa necessariamente do exercício da linguagem, do saber falar bem e se expressar para poder persuadir o adversário.
Esse panorama grego é favorável à consolidação da polis, que é baseada na democracia. Todas as decisões estavam submetidas à arte da oratória, à arte de persuadir.
Há uma relação muito próxima entre o logos e a política. O logos, discurso, tem o poder de “criar verdades”, por isso foi sempre tão importante para política. A maneira com que se discursa ajuda a eleger certo candidato. Mais uma vez, o panorama grego dá suporte à solidificação da polis, onde todas as decisões eram feitas por meio de debates, o puro uso do logos.
Com todo esse processo grego, surge vários questionamentos sobre a política, como, por exemplo: “Qual seria a melhor constituição?”; “Por que o governo se adapta a cada região geográfica?” ou até mesmo “Por que a Grécia teria o melhor regime?”. Esta foi a época em que a política se torne objeto de estudo.
Surge também uma crítica política que se espalha fortemente com a aristocracia divulgada por Xenofonte. Ao mesmo tempo, surgem também as